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Design ou Arte? – Primeira parte

Você sabe dizer qual a diferença entre arte e design?

Tem ideia de qual o papel que essas duas atividades exercem em nossa sociedade?

Se você não sabe, vem comigo que eu vou tentar explicar melhor o que é cada uma dessas coisas para que tudo fique mais claro!

Como esse é um tema muito amplo e complexo, decidi dividir em dois posts distintos.
Esse primeiro vai ser focado somente no Design!

Como eu já disse no primeiro post aqui do Blog (aqui), eu sou designer de formação. Passei alguns anos da minha vida trabalhando em empresas e atuo como designer freelancer até hoje! Assim, posso falar com toda convicção do mundo: essa é minha praia!

Mas afinal, o que é o design?

 

Muito se fala em design na nossa sociedade e normalmente, esse termo – importado – é usado pelas pessoas para valorizar um objeto. Nesse contexto, é comum ouvirmos alguém justificando o preço alto de algo como sendo obra de “design”. Mas, será que essa é uma afirmação correta? Será que a exclusividade de algo e seu preço alto pode ser justificado como sendo obra do “design” ou de um “designer renomado”?

Na era das fake news e dos conteúdos rasos, decidi tentar me aprofundar um pouco mais aqui e optei por trazer algumas referências bibliográficas muito importantes para a história do design.

Um dos livros que me baseei é o “Uma introdução a História do Design” do Rafael Cardoso – PhD. em história da arte.

Evolução gráfica dos rótulos da cerveja Heineken.

Lendo os especialistas

Segundo Cardoso, o design:
“Trata-se portanto de uma atividade que gera projetos, no sentido objetivo de planos, esboços ou modelos”.

Para o autor, o Design enquanto atividade surge por conta de 3 processos históricos que ocorreram de modo interligado e ao mesmo tempo. São eles:

1 – a Industrialização
2 – a urbanização
3 – a globalização


Antes
desses três eventos, o que existia era o fazer manual, ou seja, o artesanato. É por isso que se diz que o design surge na Primeira Revolução Industrial pois foi nesse momento em que começaram a buscar otimização dos processos produtivos e padronização dos produtos finais, para isso, era necessário um projeto.

Assim, é possível concluirmos que o Design é uma atividade que surge como consequência ao desenvolvimento da sociedade. É uma atividade relativamente nova que segue evoluindo e buscando seu espaço.

Páginas do livro “Bauhaus” da Editora Taschen, 2013

Produtos de design são caros?

 

 

Então, na realidade não.
Exatamente pela origem da atividade, como eu expliquei acima, os reais produtos gerados pelo bom design tendem a ser a versão mais otimizada – tanto em preço, processos ou recursos – daquele projeto. Em contrapartida um produto fruto de design que não atenda a essas demandas é considerado fruto de um design ruim.

Outro ponto que vocês devem ter reparado também, é que, o design surgiu para a padronização dos produtos, ou seja, a não “exclusividade” deles.
É por conta disso que não podemos afirmar que uma peça única, feita sem otimização de recursos e processos e sem a possibilidade de reprodução em série é um item de design.

Esses produtos devem ter outra classificação: a de arte ou artesanato.

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